A protagonista do filme Babygirl parece ter tudo — dinheiro, família perfeita e carreira de sucesso —, menos um boa vida sexual. Na história, ela inicia um relacionamento com seu estagiário, explora um antigo fetiche e, finalmente, alcança o orgasmo enquanto transa. Mas essa não é a única trama que coloca o prazer feminino em pauta. No Brasil, a vilã Odete Roitman, do remake de Vale Tudo, é tão maldosa quanto sexualmente voraz.
Prazer feminino é menos satisfatório na vida real
O prazer feminino na vida real, porém, é menos satisfatório do que nas telas. Segundo dados publicados na revista Sexual Medicine em 2024, elas relatam atingir o orgasmo entre 46% e 58% das vezes, enquanto os homens dizem chegar lá em 70% a 85% das relações. Com menos satisfação sexual, muitas estão decididas a lutar pelo próprio prazer.
“Sempre digo: para de terceirizar o orgasmo, mulher! A gente tem que ser dona do nosso prazer”, afirma Cátia Damasceno, educadora sexual e uma das principais vozes sobre prazer feminino no Brasil. Assumir o protagonismo na cama, para diversas mulheres, significa estar por cima — literalmente. É que esse tipo de posição facilita o orgasmo feminino.
“Elas têm mais controle sobre o ritmo, profundidade e ângulo da penetração, fatores fundamentais para estimular as zonas erógenas internas e externas, como o ponto G e o clitóris.
Além disso, estar no comando da movimentação pode gerar mais confiança e conexão com o próprio corpo”, explica Talita Gois, sexóloga e psicanalista. Confira essas cinco posições recomendadas por especialistas.
Melhores posições sexuais ‘por cima’
1. Com pompoarismo
Contrair e relaxar a vagina é uma das técnicas mais eficazes para intensificar o prazer e fortalecer o assoalho pélvico. Para isso, imagine que está segurando e soltando o xixi, contraindo a região por 3 a 5 segundos, em séries de 10 repetições, ao longo do dia (mas atenção: não o faça durante a micção).
No sexo, basta apertar e relaxar a vagina durante a penetração. “Melhora a lubrificação e o orgasmo. Claro que o outro se beneficia, mas o foco é o prazer da mulher”, diz Cátia.
2. Cavalinho lateral
Sentada de lado, em cima do parceiro, a mulher alterna movimentos de subida e descida com os de vaivém. “Facilita o contato do clitóris com a pele dele, estimulando as terminações nervosas, o que causa um prazer pulsante”, indica Tamara.
3. Mãos para trás
A mulher se senta sobre o parceiro, inclina o tronco para trás e apoia as mãos na cama. “Essa inclinação muda o ângulo de penetração, o que pode intensificar o prazer e alcançar áreas internas da vagina com mais facilidade”, diz Talita.
4. Sereia
Ela se senta de costas para o parceiro, que está sentado, inclina o tronco à frente até apoiar as mãos no chão e se move para frente e para trás em um movimento de “onda”, criando fricção no clitóris. “Essa é uma das principais zonas erógenas do corpo feminino e, quando há atrito direto com a pele do parceiro, pode aumentar significativamente o prazer”, explica Talita.
5. Squatting
A mulher fica agachada sobre o companheiro, com os pés apoiados na cama, e realiza movimentos de sobe e desce, como um exercício de agachamento.
“Essa posição permite um contato íntimo e uma penetração mais profunda, além de criar uma pressão extra que intensifica a sensação”, afirma Tamara Zanotelli, sexóloga e terapeuta sexual. Por ficar de cócoras, subindo e descendo, a mulher precisa de mais condicionamento físico nessa manobra.
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