As filmagens de Des(Controle), longa dirigido por Rosane Svartman com codireção de Carol Minêm, foram concluídas. No longa, Carolina Dieckmann vive uma escritora que luta contra o alcoolismo. A produção quer dar visibilidade para a doença em jovens e adultos.
A trama acompanha Kátia Klein, uma escritora de sucesso no universo infantojuvenil que enfrenta o peso das responsabilidades da vida adulta. Após 15 anos longe do álcool, Kátia, confiante de que pode se permitir uma taça de vinho, acaba sucumbindo aos excessos e revive o impacto devastador do vício. Sua versão alcoolizada ganha dos filhos o apelido de Vânia. Aos poucos, enquanto Kátia perde gradualmente o controle, Vânia se torna cada vez mais presente e real.
“O casamento esfriou, os filhos precisam de atenção e a editora cobra a entrega de seu livro o tempo todo”, revela Dieckmann, que interpreta a protagonista. “Ela, com certeza, é muito diferente das personagens que já fiz.”
No elenco principal se destacam Irene Ravache e Daniel Filho, que dão vida aos pais da escritora; Caco Ciocler, que vive o marido; e Júlia Rabello, a melhor amiga e também agente de Kátia. Já Stefano Agostini e Rafael Fuchs interpretam os filhos. O filme tem participações especiais de Mouhamed Harfouch, Janamô, entre outros.
Para Carolina, o tema é sensível e atual, pois o alcoolismo é uma questão que afeta as pessoas de diferentes maneiras. “A doença tem milhões de caras: pode ser quem precisa beber constantemente ou quem só se diverte com um drinque na mão. É quase impossível não conhecer alguém assim”, comenta.
Embora o drama não seja voltado especificamente para adolescentes, a atriz acredita que o público mais novo pode tirar valiosas lições da história. “A geração Z está mais consciente sobre o assunto, o que é muito positivo. Nosso principal objetivo é provocar uma reflexão sobre como lidamos com a bebida”, destaca. O filme tem previsão de estreia ainda para este ano.
“(Des)controle” tem roteiro assinado por Felipe Sholl, com colaboração de Bia Crespo e Gabriel Meyohas. A produtora Iafa Britz teve a ideia para o argumento durante a pandemia, quando um grande número de pessoas apresentaram transtornos de diversas naturezas.
“O filme trata com responsabilidade assuntos importantes como a compulsão, como o alcoolismo. E com a mulher, tudo fica diferente, pelas pressões sociais diferentes em cima dela. Mas é como a vida, com muitos momentos cômicos e emocionantes que fazem parte deste processo. O filme gera muita identificação, afinal todo mundo conhece alguém que já tenha passado ou esteja passando por algum descontrole, algum excesso desconfortável. E problema com o álcool é bem maior do que pensamos, já que ele está completamente inserido em nossa sociedade”, comenta Iafa.
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