Todo ano milhares de brasileiros saem de suas casas rumo às festas de Carnaval. Na folia, o álcool é parte da diversão, mas seu consumo exagerado pode comprometer os outros dias de farra e o próprio organismo. Por isso, a escolha da bebida alcoólica e a quantidade consumida evitam que você passe mal.
Qual é a bebida alcoólica menos tóxica?
Antes de mais nada, não existe dose segura de álcool. “É uma substância altamente tóxica que afeta negativamente o organismo, principalmente o fígado, cérebro e intestino”, explica Carolina Vasconcelos, nutricionista.
Seus efeitos dependem da dose ingerida, das condições genéticas, do histórico e de outros fatores individuais. Mas, quando o assunto é redução de danos, é possível pensar o consumo de forma estratégica.
Bebidas com menor teor alcoólico são melhores
Para minimizar os danos do álcool, a especialista recomenda escolher bebidas que forneçam o mínimo de álcool possível ao organismo. É nesse ponto que a cerveja tem vantagens comparada a outras bebidas alcoólicas no Carnaval. Ela geralmente possui entre 4% a 6% de teor alcoólico, um valor suficiente para você ficar alegre sem passar do ponto. Mas é preciso estar atento ao volume consumido.
A cerveja geralmente é bebida em maiores quantidades, provocando os mesmos problemas que outras bebidas causariam, como desidratação, segundo a especialista.
O álcool inibe o hormônio antidiurético (ADH) – que ajuda o corpo a reter água nos rins –, aumentando a liberação de urina e podendo levar a desidratação e mal-estar, principalmente em dias quentes, como normalmente são os de Carnaval.
Por outra lado, se você beber pouca cerveja, vai ter menos malefícios em comparação a outros tipos de bebidas com concentração maior de álcool. Por isso, beba com moderação.
Atenção aos destilados
Whisky, vodka, cachaça e outros destilados possuem maior teor alcoólico – geralmente 40%. Com isso, têm maior potencial de desidratar o corpo. O impacto, porém, depende do consumo total de álcool.
Se quiser beber mais, cuidado: é possível experimentar mal-estar e trazer danos para o seu corpo a longo prazo. “Estudos mostram efeitos cumulativos, incluindo morte neuronal, inflamação, danos ao DNA e prejuízo cognitivo”, pontua a especialista.
Cuidado com as misturas
Os destilados podem ser diluídos em bebidas para ficarem mais leves e com um gosto mais agradável. No entanto, algumas misturas são perigosas. O whisky com energético, por exemplo, aumenta o risco cardiovascular. Como essa bebida alcoólica tem alto teor alcoólico e o energético possui cafeína e outros estimulantes, a combinação pode sobrecarregar o coração.
Além disso, bebidas preparadas por outras pessoas são mais fáceis de serem batizadas.
A quantidade é mais relevante do que o tipo de bebida
O consumo de álcool é mais relevante para a saúde do que o tipo de bebida. Não importa qual delas seja – considerando as de boa qualidade –, se consumir em excesso pode sofrer desidratação, mal-estar e outros problemas.
Por isso, esteja atento ao quanto você está bebendo. “A ingestão de álcool deve ser uma decisão consciente, considerando que se trata de uma toxina para o organismo”, lembra Carolina.
Como se preparar para consumir álcool?
Antes de consumir bebidas alcoólicas, você precisa ter alguns cuidados. “Consuma carboidratos de absorção lenta antes da ingestão de álcool (grãos, raízes e tubérculos); priorize alimentos ricos em enxofre para auxiliar a função hepática (brócolis, couve, alho); mantenha hidratação adequada antes, durante e após o consumo de bebidas alcoólicas”, finaliza a nutricionista.
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