O câncer de mama metastático ainda é cercado por estigmas, mitos e dúvidas. Ele ocorre quando a doença se espalha para outras partes do corpo e, por representar o crescimento do câncer, muitas vezes é equivocadamente visto como uma sentença de fim de vida. “Ter um diagnóstico não é sinônimo de finitude, é ter uma possibilidade de tratamento”, explica a mastologista Cinthia Moreira.
Pensando nisso, CLAUDIA e Veja Saúde levaram o tema para debate na Casa Clã MAMA, espaço que busca ampliar a conversa sobre o câncer de mama no Brasil. Participaram do encontro Cinthia, a oncologista Mariana Monteiro e a paciente Jussara Del Moral, que convive com a metástase há 16 anos.
Por que o câncer de mama metastático não é uma sentença de morte?
Hoje, existem tratamentos que permitem prolongar e manter a qualidade de vida de quem recebe o diagnóstico de câncer de mama. “Esse diagnóstico não representa o fim. Ninguém sabe quanto tempo vai viver, mas, à medida que conseguimos controlar a doença, conseguimos também que o paciente viva mais e melhor”, afirma Mariana.
Não se trata apenas de viver mais anos, mas de viver com qualidade. “Um colega, no início da carreira, atendeu uma paciente que queria adiar a quimioterapia para ir ao casamento da filha. Ainda inexperiente, ele disse que ela não poderia participar [pois precisaria dar continuidade ao tratamento]. Aquilo marcou tanto a paciente quanto ele para sempre. Precisamos considerar o que é importante para cada pessoa”, lembra Cinthia.
Exemplo disso é Jussara Del Moral. Após o diagnóstico, ela passou a valorizar ainda mais os momentos pessoais e seus projetos. “Tenho câncer há 18 anos e metástase há 16. Aprendi que precisamos viajar, passar tempo com quem amamos e correr atrás dos nossos sonhos”, compartilhou durante o evento.
Outro ponto essencial é falar mais sobre cuidados paliativos. “Eles não significam que o paciente está em estágio terminal, mas que terá mais qualidade de vida durante o tratamento”, reforça Mariana. Jussara complementa com a visão de quem vive a realidade do diagnóstico: “Não basta ser paciente, é preciso participar. O paciente que entende o que tem consegue conversar melhor com o médico e tomar decisões em conjunto”.
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