Eduardo Amuri mostra na Casa Clã Finanças que planejamento vai além do orçamento

Os debates sobre saúde financeira têm ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos. Histórias de pessoas que decidiram reorganizar seus gastos para conquistar mais qualidade de vida se multiplicam.

No entanto, em muitos casos, os planos acabam sendo extremamente restritivos, deixando de lado o mais importante: o tempo de qualidade. Em outros, ficam apenas no papel, sem se concretizar na prática.

Para ajudar a encontrar o equilíbrio, o planejador financeiro Eduardo Amuri aponta caminhos e oferece dicas práticas para montar um planejamento financeiro adequado, que considere tanto a organização das contas quanto os momentos de convivência com filhos e família.

Planejamento além do orçamento

Eduardo Amuri – que estará presente na Casa Clã Finanças 2025 – começa a conversa destacando que não acredita que introduzir o “assunto dinheiro” apenas na forma de orçamento seja eficaz. “Muitas pessoas associam orçamento à restrição. Dá pra gente pensar nesse tema, que é tão amplo e atravessa tantas áreas da vida, como um planejamento financeiro”, explica.

Amuri reforça que os meios de planejamento devem se adaptar à estrutura e à rotina de cada pessoa ou família. A ideia é criar uma ferramenta que funcione como apoio para as decisões do dia a dia. “É muito importante que o planejamento financeiro se ajuste à maneira de pensar, de se relacionar e de interagir daquela família – e não o contrário”, pontua.

Entre as opções que podem ajudar nesse processo estão:

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  • Planilhas: úteis para quem gosta de visualizar os números de forma detalhada e organizada de maneira mais clássica.
  • Notas impressas ou digitais: práticas para registrar rapidamente no cotidiano de forma visual.
  • Aplicativos de finanças: ideais para quem busca ferramentas modernas que já oferecem relatórios e análises automáticas.

Erros comuns

Um dos principais erros, segundo Amuri, é confiar apenas nos extratos bancários como forma de planejamento. “O planejamento financeiro é uma ferramenta de apoio à tomada de decisão. O extrato, por definição, mostra apenas o que já passou. As escolhas precisam ser feitas no presente, com foco no benefício futuro”, afirma.

Outro erro recorrente é tentar criar planejamentos muito complexos. No dia a dia, a praticidade é fundamental. “Se o planejamento financeiro exige muita energia ou consome muito tempo, é bem provável que seja abandonado rapidamente”, explica o especialista.

Planejamentos financeiros não devem ser algo complicado, segundo AmuriAmuri/Divulgação
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Finanças e tempo em família

Segundo ele, o equilíbrio entre pagar as contas, dar conta dos compromissos e abrir espaço para momentos de qualidade com os filhos é muito particular de cada família. “Para algumas famílias a gente vai precisar de blocos muito maiores, porque para aquela dinâmica familiar, o tempo passa de outro jeito. Para outras, essa faísca, essa coisa muito preciosa surge de maneira mais rápida, com experiências mais breves e mais intensas”.

Ele reforça que o planejamento financeiro pode, sim, ajudar a abrir esse espaço, mas alerta para não cair na armadilha de buscar fórmulas engessadas. “Achar que existe uma equação do tipo ‘tantas horas ou tantos por cento do orçamento’ é ingênuo. Na minha experiência, atendendo famílias e conversando com pessoas, o que funciona é adaptar cada escolha à realidade de cada um”, avalia.

Automatização como aliada

Dentro da economia comportamental, Amuri explica que um dos maiores desafios é incentivar comportamentos positivos de forma recorrente. Para ele, não há ferramenta mais eficaz do que a automatização. “Se a gente quer que as pessoas poupem para aposentadoria, por exemplo, o que fazemos é automatizar a formação de poupança para a aposentadoria”, afirma.

Na vida pessoal, o planejador financeiro aplica esse mesmo raciocínio. Ele conta que, em sua rotina com a filha, estabeleceu blocos fixos na agenda como forma de garantir tempo de qualidade. “Aqui em casa a gente tem, por exemplo, a natação no sábado de manhã, que é um negócio que a Ana adora. O compromisso existe na nossa agenda, no pagamento feito à academia e até na cabeça dela. Isso garante que não deixemos a atividade de lado em dias mais corridos”, diz.

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Para Amuri, reservar espaços fixos — seja no orçamento ou na agenda — é uma estratégia poderosa para blindar momentos importantes contra as urgências do cotidiano. “A gente poderia improvisar e levá-la para o lago todo fim de semana, mas não é a mesma coisa. Ter algo fechado e comprometido garante que esse espaço realmente aconteça”, conclui.

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