Mari Maria desabafa: “Passei anos tentando apagar minhas sardas”

Nos últimos anos, as sardas conquistaram de vez o coração das brasileiras. As pequenas manchinhas no rosto se tornaram sinônimo de beleza e naturalidade, a ponto de muitas pessoas recorrerem a truques de maquiagem para criar sardas falsas. No entanto, nem sempre foi assim.

Não é incomum encontrar mulheres que enfrentaram desafios relacionados à autoestima por conta dessas marcas. Um dos nomes que se destaca nesse grupo é o da empresária e influenciadora Mari Maria. Em entrevista à CLAUDIA, ela compartilhou detalhes sobre seu processo de aceitação e construção da própria autoestima.

Inseguranças desde a infância

Mari começa a conversa contando que seus traços pouco comuns foram, por muitos anos, motivo de insegurança. “Eu já não gostava do meu cabelo, achava que chamava muita atenção. E as pessoas falavam das sardas de forma negativa. Achava que só eu tinha sardas na sala e que não podia ser bonito uma menina com manchas no rosto”, relembra.

Em alguns momentos, o incômodo foi tanto que ela chegou a recorrer a procedimentos estéticos ainda na adolescência. Durante muito tempo, utilizava os produtos ácidos que sua mãe comprava para si. Aos 15 anos, chegou a fazer sessões de laser na tentativa de diminuir as manchas.

“Usava para tentar clarear as sardinhas, e até clareava um pouco, mas elas sempre voltavam. Conforme eu tomava sol, elas reapareciam e até aumentavam”, explica.

Na época, sua mãe tentou ajudá-la da forma como achava mais adequada. Atualmente, Mari reconhece que talvez outras abordagens fossem possíveis. “Eu dizia que não gostava das sardas e ela já falava: ‘Vamos tirar’. Não acho que ela fez errado, mas hoje eu vejo que existem outras formas. Talvez mostrar um outro ângulo, outro olhar”, pondera.

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Ela acrescenta: “Acho que o papel da mãe é dar opções, mostrar outros caminhos da mesma história, para a filha usar sua própria sabedoria e conseguir enxergar da melhor forma aquilo que ela tem”.

As maquiagens pesadas deram espaço para visuais mais leves, com sardas à mostraMatheus Bellato/Divulgação

O poder da maquiagem na autoaceitação

Com o tempo e a maturidade, Mari passou a compreender que seus traços únicos faziam parte de quem ela era. “Passei a entender que minha beleza era única, e só precisava aprender a valorizar isso para me sentir bonita com as sardinhas”, conta.

Parte desse processo envolveu redirecionar o olhar: ela deixou de focar no que a incomodava e passou a destacar outros aspectos em sua aparência. “Eu gostava muito do formato dos meus lábios, por exemplo, então aprendi a contornar melhor, a fazer a sobrancelha de um jeito que eu achava bonito.”

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A maquiagem – hoje uma de suas marcas registradas – teve papel fundamental nessa mudança. “Comecei a ver as sardas como um acessório que complementava a maquiagem, deixava o visual mais único.” Além disso, o hábito de se maquiar a incentivou a se olhar mais no espelho, permitindo que passasse a enxergar suas sardas com mais carinho.

Beleza real e influência positiva

Hoje, Mari vê sua trajetória como uma jornada de superação e fortalecimento do amor-próprio. “Acho que elas fazem parte de mim. Amo fazer o ‘rebocão’, gosto de transformação, de me ver de outras formas. Mas quando eu tiro, eu me sinto muito eu.”

Com sua influência sobre milhares de mulheres, ela busca inspirar o autocuidado como ferramenta de autoestima. “Eu sempre falo para elas se olharem no espelho, se conectarem com elas mesmas e praticarem o autocuidado. Quando você cuida de algo, aprende a gostar mais daquilo”, afirma. E conclui: “Quando você começa a se olhar com carinho, com atenção, isso ajuda muito na autoaceitação e em valorizar o que você tem de único.”

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