Aos 57 anos, Carolina Ferraz se reinventa mais uma vez — agora fora dos palcos e das telas, apresentando o podcast “Pod Nessa Idade?”, da Vhita. Além de inspirar mulheres 40+ a viver com saúde, energia e leveza, o projeto também ecoa a conexão pessoal da atriz com essa fase da vida.
“Não nos reinventar é não aceitar o processo natural da vida. A vida sempre oferece novas oportunidades”, diz Carolina, que imprime seu carisma, empatia e credibilidade para falar sobre um tema ainda tão cercado de tabus: o envelhecimento feminino.
Reinventar-se depois dos 40
No podcast, Carolina conduz conversas francas sobre saúde, suplementação e transformações do corpo e da mente após os 40 anos, combinando suas experiências pessoais com a visão de especialistas entrevistados. Entre os temas, estão menopausa, memória ativa e estratégias para preservar a energia no dia a dia.
“Na China, a menopausa é celebrada como a ‘Idade da Sabedoria’. Aqui, infelizmente, é diferente. Muitas vezes, essa fase é menosprezada, quando, na verdade, pode ser tão interessante, já que nós mulheres temos tanta potência e experiência a oferecer.”, destaca.
Além do espaço para abordar assuntos que ainda ficam à sombra da sociedade, a atriz vê o convite para apresentar o podcast como uma convergência natural de interesses.
“Me senti coroada ao receber o convite, porque estou muito nessa batida de aprender sobre saúde e envelhecimento. Entrando em uma fase quase sexagenária, comecei a refletir, ler e me informar sobre o que é importante cultivar nesse terceiro ato da vida”, conta.
A beleza de envelhecer

Encarar o envelhecimento com naturalidade pode parecer só mais um clichê, mas para ela é realidade. Afinal, nunca teve medo de ultrapassar essa etapa da vida, mesmo que sempre tenha se preocupado em manter sua dignidade.
Não à toa, sua rotina hoje inclui ginástica, jiu-jitsu e uma alimentação totalmente repensada: “Não consumo ultraprocessados, evito óleos vegetais e uso pequenas quantidades de azeite de oliva ou óleo de alga. É uma preparação consciente para receber a mulher de 60 anos que está por vir.”, diz.
Para Ferraz, mais do que um mero ciclo da vida, o período e os reflexos do envelhecer são, também, oportunidades de se reinventar.
“Precisamos entender que as mudanças são grandes oportunidades que podem nos transformar em algo melhor, mais produtivo e mais interessante. Eu acredito que o segredo está na mudança de perspectiva, na aceitação das dinâmicas diferentes e no processo contínuo de autoaperfeiçoamento. Para mim, essa é a grande diferença e o ‘pulo do gato’.”, ressalta.
O “pulo do gato“, aliás, surgiu em um momento inusitado que, segundo ela, alterou sua perspectiva sobre a vida logo de imediato.
“Por muito tempo, eu olhava e achava que tudo ao meu redor era igual. Até um dia que tive a oportunidade de fazer um passeio de balão. Quando subi e estacionei lá no alto, olhei para o mesmo lugar de sempre e pensei: ‘Mas não é possível, é o mesmo lugar que vejo todos os dias?’ E, de repente, tudo parecia completamente diferente: outra natureza, outro horizonte, outras cores.”, relembra.
A franqueza de olhar para si
Apesar do otimismo, a atriz não romantiza o processo. Ao falar de tratamentos hormonais, lembra uma experiência negativa com o chamado “chip da beleza”, um implante de gestrinona, hormônio masculino que, na teoria, ajuda a regular os efeitos da menopausa: “Acho que havia muita testosterona no chip, e isso me assustou profundamente. Percebi o desequilíbrio que um hormônio errado pode causar no corpo e na mente.”, diz.
Hoje, ela prefere adotar uma abordagem integrativa: “Meu corpo é um sistema integrado. Tudo precisa caminhar junto para que eu tenha saúde, qualidade de vida e o melhor desempenho possível.”
Além dos cuidados físicos, Carolina prioriza envelhecer com autonomia, equilíbrio e bem-estar em todas as dimensões da vida. “O autocuidado é, sem dúvida, a chave para uma vida longa, saudável e plena”, afirma.
Plenitude aos 40+
“Quando pensamos em envelhecer bem, falamos em qualidade de vida. A longevidade está diretamente ligada à saúde, à independência, à autonomia e à capacidade de viver plenamente. Estudar, se informar e cuidar de si mesma é o que realmente determina como queremos chegar aos 60, ou até além, aos 80”, explica a ex-modelo, que vê a qualidade de vida na velhice como algo que vai muito além dos cuidados com o corpo, envolvendo também escolhas conscientes que olham para esse processo de transformação de forma consciente.
Essa busca por viver bem também impulsiona sua carreira e, sobretudo, sua vida pessoal. Aos 57 anos e mãe de uma filha de 10, Carolina quer estar saudável e presente para aproveitar cada momento ao lado da pequena. “O que marcou essa minha jornada é que quero estar muito bem para acompanhá-la pelo máximo de tempo possível e, se possível, também poder brincar com meus netos no futuro”.
Conselhos de amiga com uma pitada de ciência
Carolina Ferraz deixa sua empolgação tomar conta durante os episódios do podcast, mostrando coerência com o tema ao compartilhar experiências e desafios comuns de mulheres +40.
As conversas, que mais servem como aquele conselho vindo de uma velha amiga (e, claro, de um bom especialista), faz com que quem a escute se sinta abraçada e encorajada a desfrutar de cada milésimo de segundo da vida com mais autonomia e confiança.
“Espero que cada pessoa que ouça o podcast saia motivada, descubra algo novo, se engaje, leia mais sobre o assunto e converse com seu médico sobre suplementação. Quero que se apaixonem pelo tema da mesma forma que eu me apaixono, porque acho realmente fascinante. Para mim, isso é fundamental”, finaliza.
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