Aromaterapia é uma prática milenar que ganha cada vez mais espaço nos dias de hoje. Segundo a plataforma IdeiaSUS, em parceria com a Fiocruz, a técnica já é reconhecida pelas ciências da saúde como um sistema terapêutico eficaz e integra, inclusive, o Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando usados de forma correta, os óleos essenciais podem melhorar a qualidade do sono, reduzir sintomas de ansiedade e até contribuir nos cuidados com a pele.
Para esclarecer como aproveitar todos esses benefícios, conversamos com Lia Kehl, aromaterapeuta e especialista em neurociências.
O que são os óleos essenciais
De acordo com a aromaterapeuta, os óleos essenciais são compostos naturais altamente concentrados, complexos e voláteis, extraídos de plantas aromáticas e medicinais a partir de diferentes partes — como flores, folhas, cascas, sementes e raízes. “Por isso, eles carregam o aroma e as propriedades terapêuticas da planta de origem”, explica.
Principais benefícios
Os benefícios dos óleos essenciais vão muito além do que se imagina. “Eles atuam de forma natural sobre o corpo e a mente, mas precisam ser usados com consciência para garantir segurança e eficácia”, afirma Lia, listando os principais benefícios da aromaterapia:
- Redução do estresse e da ansiedade;
- Melhora na qualidade do sono;
- Alívio de sintomas da TPM e da menopausa;
- Aumento do foco, da energia e da concentração;
- Apoio ao sistema respiratório em casos de rinite, sinusite e gripes;
- Cuidados com a pele e cabelos.
Óleos mais usados
A especialista listou alguns dos óleos essenciais mais conhecidos (e seus benefícios):
- Lavanda: calmante, auxilia em casos de insônia, ansiedade e tensão;
- Hortelã-pimenta: revigorante, ajuda a aliviar dores de cabeça e fadiga mental;
- Laranja-doce: promove leveza, alegria e melhora do humor deprimido;
- Gerânio: equilíbrio hormonal, muito usado no cuidado feminino para aliviar sintomas da TPM e da menopausa;
- Tea Tree (Melaleuca): antiviral, antifúngico e antiséptico, indicado para cuidados com a pele, acne, micoses e apoio ao sistema imunológico.
Qual a melhor forma de usar

A melhor maneira de utilizar os óleos essenciais vai depender do composto utilizado e dos objetivos buscados. “Quando inalados, seus compostos aromáticos estimulam áreas do cérebro ligadas às emoções, memória e comportamento“, explica. Assim, eles ajudam a regular o humor, a ansiedade e o estresse.
Já quando diluídos e aplicados na pele, podem atuar no alívio de dores, tensões e inflamações. E acrescenta: “além disso, oferecem benefícios estéticos, como melhora na aparência da pele, controle da oleosidade, auxílio em casos de acne e até rejuvenescimento, dependendo do óleo utilizado”.

Uso direto diluído na pele
O uso tópico é indicado para dores, tensões, beleza da pele e efeitos corporais estéticos. É necessário diluir antes de aplicar. A diluição pode ser feita em óleo vegetal (como amêndoas doces e semente de uva), creme neutro, base de sabonete líquido neutro, ou base alcoólica de perfume.
“A técnica de pingar diretamente nas mãos ou no travesseiro não é a mais segura”, diz, explicando que o contato direto do rosto com o óleo pode causar reações na pele ou desconforto respiratório, especialmente em crianças ou pessoas alérgicas.
Aromatizador elétrico/Difusor de ambiente

Uma maneira segura e eficaz é pingar de 4 a 6 gotas na água e deixar o aromatizador elétrico difundir no ambiente.
Inalação direta
Uma gota é suficiente para obter efeito emocional, como alívio da ansiedade, do estresse ou melhora do sono. “Basta pingá-la em algodão ou fita olfativa”, diz.
Colares ou pulseiras aromáticas
Para quem faz o uso contínuo dos óleos ao longo do dia, colares ou pulseiras aromáticas são ótimas alternativas.
Massagens e banhos aromáticos

Além de eficaz, uma forma relaxante de fazer a aromaterapia é durante o banho ou por meio de massagens, sempre diluindo as essências em óleo vegetal ou sabonete neutro.
Contraindicações

Apesar de naturais, os óleos essenciais têm contraindicações. Kehl não indica o uso para gestantes, lactantes, crianças, idosos e pessoas com condições específicas, como epilepsia ou pressão alta.
“Antes de usar qualquer óleo essencial, é essencial checar as contraindicações específicas daquele óleo. Essa informação deve ser fornecida pela empresa responsável pela venda. O ideal é buscar orientação de um(a) aromaterapeuta”, explica.
Não substituem medicamentos!
Óleos essenciais podem atuar como terapias complementares, ajudando no alívio de sintomas físicos e emocionais, na prevenção e no bem-estar geral — mas não devem ser usados como tratamento único para doenças, nem substituem medicamentos prescritos.
“A aromaterapia pode apoiar muito a saúde física, mental e emocional, mas sempre com responsabilidade e em diálogo com outros profissionais da saúde quando necessário”, explica.
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