A 36ª Bienal de São Paulo chega com algumas novidades: é a primeira edição, em 70 anos, a ser entregue por uma mulher, a presidente Andrea Pinheiro. Além disso, a mostra terá duração de quatro meses, se estendendo de 6 de setembro de 2025 até 11 de janeiro de 2026.
A exibição ocupará o icônico Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, com entrada gratuita. O tema escolhido, Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, é inspirado no poema Da calma e do silêncio de Conceição Evaristo. Nesse sentido, ele propõe uma provocação curatorial: reimaginar a humanidade como ação, explorando deslocamentos simbólicos, identidades diversas e formas de coexistência pública e afetiva.
A equipe curatorial é liderada pelo renomado Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, com apoio de co-curadores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison. Abaixo, confira artistas para prestar atenção:
Gê Viana
A artista maranhense trabalha com colagens ambientadas no cotidiano e em narrativas familiares. Ela confronta a cultura colonizadora e os sistemas de comunicação hegemônicos, incorporando sua ancestralidade como fio condutor. Seu trabalho ganha ainda mais relevância ao propor um diálogo artístico sobre representatividade e memória, ressignificando práticas visuais a partir de uma perspectiva periférica e decolonial.
Heitor dos Prazeres

O artista foi um compositor e cantor pioneiro do samba, bem como artista plástico autodidata. Sua pintura expressiva, vibrante e colorida dá voz ao cotidiano e à cultura carioca, mostrando a vivacidade de uma cidade em transformação. Ele é fundamental para a arte brasileira por conectar música, performance e pintura ao retratar a vida popular. Sua presença na mostra reforça o legado de resistência cultural do Brasil.
Lídia Lisbôa

A artista visual trabalha com escultura, crochê, performance e desenho. Sua produção traduz sua autobiografia e os atravessamentos cotidianos, entrelaçando o corpo, a memória e o tempo em instalações sensoriais e poéticas. Ela questiona a construção do feminino e traz à tona narrativas silenciadas. Sua arte participa do movimento contemporâneo que reafirma o poder do gesto artesanal como política de existência e afirmação cultural.
Maria Auxiliadora
A pintora autodidata é reconhecida por retratar cenas da vida popular, festas, religiosidade afro-brasileira e sua própria experiência com o câncer. Seu uso de cores fortes, texturas espessas e até fios de cabelo adiciona profundidade e drama às imagens. Referência da arte popular, ela celebra o cotidiano periférico e feminino, resgatando um olhar sensível e urgente sobre gênero.
Marlene Almeida
A artista desenvolveu uma prática interdisciplinar que cruza arte, ecologia e memória ancestral. Desde os anos 1970, pesquisa e utiliza pigmentos naturais, solos e argilas brasileiras em suas obras, ressignificando a terra como matéria e símbolo. Sua produção conecta a arte contemporânea brasileira às práticas sustentáveis e ao respeito ao território.
Moisés Patrício

O artista tem produção com fotografia, vídeo, performance, rituais e instalações que dialogam com a tradição afro-brasileira. Frequentemente, evoca o candomblé em trabalhos imersivos. Sua arte é uma ponte entre a prática ancestral e o cenário urbano atual. Ele contribui ao panorama da arte brasileira ao resgatar saberes tradicionais e estimular reflexões sobre identidade, espiritualidade e representação na cultura afro-brasileira.
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