Você já esqueceu o nome de alguém que acabou de conhecer, ou até mesmo de um amigo antigo? Esse tipo de lapso de memória pode ter diversas causas – das mais simples às que exigem uma ida ao médico. O psicólogo Alexander Bez, especialista em relacionamentos e saúde mental, conta à CLAUDIA o que fazer.
Por que esquecemos os nomes
Fatores como ansiedade e distração, causadas muitas vezes pela sobrecarga de estímulos e a pressa do dia a dia, dificultam a fixação de novas informações, lembra o profissional.
“Pessoas ansiosas tendem a ter lapsos de memória em situações sociais. E o estresse diário afeta diretamente a capacidade de concentração e memória: sob pressão, a mente foca apenas em tarefas imediatas, perdendo a conexão com informações periféricas, como nomes e detalhes de interações sociais”.
Problemas como distúrbios do sono, uso de substâncias (como a maconha, em uso frequente), fadiga mental, sobrecarga emocional e até mesmo as sequelas da COVID-19 devem ser levados em conta.
“Há condições mais específicas, como a amnésia anterógrada (que impede a formação de novas memórias), TDAH, depressão, transtornos cognitivos e a afasia anômica, uma dificuldade específica em recordar nomes ou palavras. Curiosamente, a falta de interesse pela pessoa também pode ser um motivo, indicando ausência de empatia ou afinidade”.
Em alguns casos, o cérebro também pode agir de forma inconsciente, bloqueando o nome de alguém como uma forma de autoproteção psicoemocional, especialmente se houver ligações negativas – como um término de relacionamento conturbado ou situações de abuso, por exemplo.
Idade X Memória
“O esquecimento deixa de ser algo pontual e passa a preocupar quando se torna recorrente”, alerta o psicólogo. É preciso investigar as causas, pois podem incluir traumas cerebrais, lesões neurológicas ou doenças degenerativas.
Bez diz que a faixa etária é determinante para avaliar se a falta de memória está diretamente ligada à neurobiologia do envelhecimento. “É necessário fazer um diagnóstico neurológico para identificar se o problema é esse, avaliando a frequência, duração e sintomas para detectar condições como Alzheimer, transtornos neurológicos ou alterações hormonais e metabólicas”.
Como checar se a memória está boa?
A avaliação da memória para saber se esquecer o nome das pessoas é um caso simples ou não inclui:
• Testes cognitivos e de memória
• Análise do histórico médico e familiar
• Exames laboratoriais (de sangue, urina e fluido cérebro-espinhal)
• Exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética)
• Investigação de marcadores cerebrais específicos
Como prevenir o declínio da memória

O profissional lembra que a receita para uma boa memória vem de uma alimentação equilibrada, sono de qualidade, evitar drogas ilícitas e cigarro eletrônico, realizar suplementação de vitaminas B e D (com orientação médica), prática regular de exercícios físicos e de atividades cognitivas, acompanhamento com psicólogo e neurologista e convívio com animais de estimação – especialmente cães, que estimulam o vínculo afetivo e emocional.
“Esses hábitos ajudam a preservar a saúde do cérebro, retardar sintomas e minimizar o impacto de possíveis doenças neurológicas, garantindo mais qualidade de vida e memória no dia a dia”, diz o psicólogo.
Quando buscar ajuda
O sinal de alerta surge quando o esquecimento de nomes se torna recorrente, podendo indicar o início da Doença de Alzheimer ou Alzheimer precoce, em casos mais raros. “A persistência e a frequência dos lapsos são os principais indicativos para buscar ajuda médica especializada”.
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