Agosto chega sob a regência da carta da Torre, uma das mais intensas do Tarô — e que costuma despertar receio à primeira vista. Sua imagem fala por si só: um raio rasga o céu, destrói o topo de uma torre e arremessa figuras humanas no vazio. É o símbolo de uma queda abrupta, de algo que desmorona sem aviso. Um colapso inevitável — e, muitas vezes, necessário.
A Torre representa transformações profundas, que acontecem fora do nosso controle. Não é possível prever ou evitar. É como se o universo puxasse o tapete para revelar o que estava escondido: ilusões, mentiras, estruturas frágeis que pareciam sólidas. Essa carta aparece logo após o Diabo, o que reforça seu papel de revelar a verdade após o engano. Ela desmonta as armadilhas do ego, do orgulho, da ganância — e cobra o preço.
Esse colapso pode ser simbólico: o fim de uma relação, a queda de alguém em posição de poder, o despertar após uma ilusão. A coroa que despenca do topo da torre mostra que nem os mais “intocáveis” estão a salvo. Em alguns casos, a carta também pode indicar justiça sendo feita: o retorno de atitudes egoístas ou vaidosas, seja para você ou para quem está ao seu redor.
Mas é importante lembrar que, apesar de sua aparência catastrófica, a Torre não significa apenas tragédias ou punições. Ela traz, sim, momentos difíceis — mas também carrega a possibilidade de libertação e reconstrução. Ao destruir o que não serve mais, ela abre espaço para algo mais verdadeiro nascer. É uma chamada para aceitar mudanças inevitáveis, para abandonar o controle excessivo. Aproveite para quebrar com velhos padrões que não servem mais, mesmo que não tenha sido uma escolha sua.
Nas relações, a carta pode apontar para conflitos, rompimentos ou revelações que colocam tudo em xeque. No trabalho e nas finanças, é preciso redobrar a atenção: decisões impensadas, estruturas ou lideranças tidas como sólidas podem ruir.
Agosto promete ser um mês de despertar — às vezes com dor, mas sempre com propósito. Que a Torre nos ensine a soltar o que precisa cair e a confiar que, depois do raio, sempre vem a reconstrução.
Agosto sempre teve a fama de ser um mês intenso
No imaginário popular, agosto é o “mês do desgosto”, como se algo pairasse no ar, desafiando nosso equilíbrio. Essa percepção ganha ainda mais força com a presença da Torre como carta regente: símbolo de rupturas, revelações súbitas e processos de libertação. A Torre não chega para destruir por crueldade — mas para desmoronar estruturas que já não fazem sentido, mesmo que ainda tentemos sustentar.
Na linguagem do Tarô, a Torre representa um momento de intervenção do destino. Ela sacode o que está estagnado, expõe o que estava escondido e exige uma nova forma de olhar para a vida. É desconfortável? Sem dúvida. Mas, paradoxalmente, é também profundamente libertador. Sob sua influência, agosto se torna um mês de revelações e viradas, em que tudo o que é falso, insustentável ou ilusório tende a ruir.
Esse movimento se espelha nos céus: a astrologia de agosto confirma que estamos diante de um período de viradas intensas, mas também de oportunidades preciosas para reconexão, criatividade e autorresgate.
As energias astrológicas de agosto: entre rompimentos e reconciliações
O mês começa sob os efeitos da retrogradação de Mercúrio em Leão, o que pode trazer atrasos, confusões e mal-entendidos, especialmente em áreas ligadas à comunicação, contratos e relacionamentos. Mas a boa notícia é que, no dia 11, esse ciclo se encerra. A partir daí, mensagens tendem a ser compreendidas com mais clareza, acordos fluem melhor, e conseguimos avançar com mais confiança em decisões importantes.
Marte em Libra, ativo durante todo o mês, pede equilíbrio nas relações e incentiva o trabalho em equipe. Esse trânsito suaviza os impulsos da Torre, oferecendo caminhos diplomáticos para lidar com os conflitos. Mas há um detalhe importante: Libra é signo de justiça, e Marte é planeta de ação. Então, apesar do tom diplomático, esse Marte vai exigir coerência. Não basta parecer justa — é preciso ser justa.
A Lua Cheia em Aquário do dia 9 marca um clímax emocional em torno de temas coletivos, grupos, redes e ideais. Em tempos regidos pela Torre, esse momento pode trazer rompimentos com expectativas sociais ou vínculos comunitários que já não refletem seus valores. Ao mesmo tempo, é uma Lua que inspira libertação — sobretudo de padrões mentais rígidos e ultrapassados. A Torre alerta: não tente se manter em uma situação que claramente está ruindo.
A partir do dia 22, com o ingresso do Sol em Virgem, a energia se volta para o detalhamento, a análise e o aperfeiçoamento. O que foi sacudido pela Torre precisa agora de cuidado para ser reconstruído com mais estrutura. Dois dias depois, a Lua Nova em Virgem sela esse novo começo com energia de plantio. É o momento ideal para reorganizar a rotina, ajustar planos e cuidar da saúde física e emocional.
Por fim, no dia 25, Vênus entra em Leão, trazendo um sopro de autoestima, desejo de brilhar e expressar afeto de forma generosa e vibrante. Depois de tanta desconstrução, esse trânsito nos lembra da importância de sermos fiéis à nossa essência e de celebrarmos o amor-próprio.
Amor: o que não é verdadeiro, desaba
Sob a Torre, as relações afetivas passam por provas importantes. Verdades vêm à tona. Máscaras caem. Alguns laços se rompem — não por maldade, mas por não resistirem ao teste da autenticidade. A boa notícia é que Marte em Libra convida ao diálogo e à busca por equilíbrio. Se há afeto real, ele tende a se fortalecer. Mas, se há apenas conveniência ou apego, a tendência é de afastamento ou até rompimento.
Com Vênus em Leão a partir do fim do mês, você pode sentir um impulso por relações mais intensas e cheias de expressão. A carência até pode aparecer, sim — mas junto dela vem um desejo legítimo de amar com entusiasmo. O desafio? Não esperar da outra pessoa a validação que só você pode se oferecer.
Para quem está solteira, agosto pode trazer reencontros inesperados ou paixões repentinas que viram tudo de cabeça para baixo. E mesmo que algo acabe rápido, poderá deixar um aprendizado duradouro.
Finanças: sacudidas e realinhamentos
A Torre no campo financeiro fala sobre rupturas: gastos inesperados, mudanças na fonte de renda, fim de parcerias. Em um primeiro momento, pode parecer crise — mas é importante entender como esse movimento está nos direcionando para formas mais coerentes de lidar com o dinheiro.
Agosto favorece a reestruturação das finanças, principalmente após o dia 22, com o Sol em Virgem, que traz um olhar mais pragmático. Cortes de gastos, renegociação de dívidas e investimentos em formação pessoal são boas estratégias para atravessar o mês com sabedoria.
Trabalho: encerramentos, viradas e novos caminhos
Se há uma área em que a Torre costuma agir com força, é a profissional. Sob sua influência, muitas pessoas podem ser surpreendidas com mudanças de equipe, encerramento de contratos, demissões ou conflitos hierárquicos. Mas essas quebras vêm acompanhadas de oportunidades de realinhamento com o que faz mais sentido.
A Lua Cheia em Aquário, no dia 9, pode iluminar questões ligadas à sua missão dentro de um grupo ou projeto. Já a Lua Nova em Virgem, no dia 23, é o melhor momento do mês para começar algo novo — ou para repensar sua forma de atuar, organizando processos, otimizando recursos e cuidando da saúde mental no ambiente de trabalho.
O fim de Mercúrio retrógrado traz alívio para quem trabalha com comunicação, tecnologia, vendas ou ensino. E Vênus em Leão pode ajudar na promoção pessoal: invista na sua imagem com autenticidade.
Torre, Virgem e o autocuidado
Agosto é um mês que testa nossas bases, mas também nos ensina sobre resiliência, humildade e presença. Com a Torre como guia, entendemos que nenhuma estrutura externa pode substituir o alicerce interno. E com o Sol e a Lua Nova em Virgem, somos chamadas a cuidar de nós mesmas com mais atenção: corpo, mente e rotina.
É também um mês para reavaliar nossas crenças sobre merecimento. A autoestima será um tema forte com Vênus em Leão, pedindo que você reconheça seu brilho, mesmo em momentos desafadores.
Conclusão: liberdade é o nome do jogo
A Torre não destrói o que é essencial — ela remove o que impede seu crescimento. Agosto pode doer, sim, mas é também um convite a se despir do que não é verdadeiro. O céu e o Tarô nos pedem coragem, sinceridade e leveza para atravessar esse período de transição.
Se você conseguir ouvir o que está sendo pedido — e confiar no processo —, o que vier depois será mais sólido, mais verdadeiro, e muito mais seu. “Não tenha medo da mudança. Você pode perder algo bom, mas pode ganhar algo ainda melhor.”
Um ótimo mês e muita luz,
Ana Cristina Paixão
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