Quatro mulheres solteiras buscam um lugar na sociedade. Elas rejeitam estereótipos como casar e ter filhos antes dos 30, mas acabam se enredando nas expectativas que o mundo ainda impõe ao grupo. Essa contradição levou milhares de espectadoras a se identificarem com Sex and the City. Não por acaso, a série de 1998 ainda é um sucesso, e sua continuação, And Just Like That…, já chega à terceira temporada.
Carrie, Charlotte e Miranda estão com mais de 50 anos e precisam lidar com novos desafios ‒ desta vez, sem Samantha. Mas essa não é a única mudança. Patricia Field cuidava dos figurinos estonteantes de Sex and The City e, agora, Molly Rogers e Danny Santiago assinam os looks igualmente fabulosos da continuação. Conversamos com eles sobre etarismo, moda brasileira e os figurinos da nova temporada.
Como o figurino de And Just Like That… desafia o etarismo
Não é exagero dizer que existe uma pressão para vestir o que é dito apropriado para a idade. “Danny e eu ouvimos muitas perguntas como: ‘o que vocês vão fazer com essas mulheres, que estão mais velhas? Como vão traduzir isso [em figurino]?’ e a gente achava injusto receber esse tipo de pergunta, porque ninguém perguntava como iríamos mudar o Mario [Cantone] ou o Mr. Big. Eles também estavam mais velhos, né?”, comenta Molly.
Em vez de simplesmente reverter os estilos das personagens para algo considerado adequado à idade delas, Molly e Danny escolheram seguir por outro caminho. “Tentamos ignorar a ideia de que a idade mudaria radicalmente o jeito como elas se vestem, porque elas estavam fazendo mais ou menos as mesmas coisas”, acrescenta Molly.
A vontade de trabalhar com mais designers da América do Sul

A influência da série na moda é tão forte que pode movimentar um país. Quando Carrie apareceu com um vestido da estilista brasileira Isabela Capeto, não demorou muito para virar notícia e os internautas comemorarem nas redes sociais. Essas escolhas refletem um esforço dos figurinistas de olhar para o mundo todo.
“Ainda não explorei a América do Sul o suficiente e espero ir aí em outubro. Por causa do Instagram, conheci designers da Colômbia, Argentina e Brasil. A Isabella Capetto, por exemplo, é do Brasil, e recebi um vestido lindo dela que a Carrie usa. É muito estimulante e interessante explorar uma parte do mundo com tanto a oferecer”, comenta Molly.
“Sempre buscamos o novo, o que as pessoas estão fazendo internacionamente. E em lugares do mundo todo que antes você não necessariamente procurava, mas que, por causa das redes sociais, agora você consegue descobrir”, acrescenta Danny.
A relação mútua entre as grandes marcas e And Just Like That…

Se, por um lado, os figurinistas apostam em estilistas independentes, por outro, também valorizam a parceria com grandes marcas. “É uma posição rara ter acesso a tudo. Se eu quiser uma bolsa pigeon [a famosa bolsa pombo], posso simplesmente pedir uma. É realmente fantástico estar numa série com tanta longevidade”, diz o estilista.
Para isso, é claro, contam com personagens que permitem usar a imaginação. Carrie Bradshaw, por exemplo, é um dos maiores ícones de estilo. “A Carrie se veste para si mesma. Ela sempre teve esse estilo próprio e continua sendo alguém que adora se expressar por meio da moda”, comenta Danny. “Ela consegue pegar uma peça que a maioria usaria só à noite ou num evento e transformar em algo usável de dia. A Carrie tornou famosa essa mistura de peças caras e baratas, o chamado high-low.”
Agora, na terceira temporada, a personagem vive uma nova fase. E isso fica evidente nas roupas. “Ela está escrevendo um livro, e isso mostra como as pessoas podem se inspirar nas coisas ao redor”, diz Danny. Vestidos com transparência, saia jeans com laço e tons delicados são alguns dos detalhes escolhidos para a personagem.
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