Ressecamento vaginal na menopausa: é possível tratar com hidratante íntimo?

A vagina é um ambiente lubrificado, onde os fluidos são produzidos para minimizar qualquer atrito. Mas, durante a maturidade, é comum que a mulher passe a experimentar o ressecamento vaginal. A sensação pode começar com dor na relação, ardência ao urinar ou mesmo a sensação de “areia” onde antes existia prazer. 

“Isso acontece por conta da queda progressiva dos níveis de estrogênio, especialmente durante a transição hormonal (perimenopausa e menopausa)”, explica a ginecologista Fernanda Torras. “O hormônio que antes mantinha a mucosa vaginal hidratada começa a faltar. E a região íntima sente: perde umidade e espessura.”

Apesar de simples, esse processo leva à síndrome urogenital da menopausa, uma condição clínica que envolve não apenas sintomas vaginais e sexuais, mas também queixas urinárias como urgência, ardência e infecções de repetição.

E agora, o que fazer?

Primeiro, lembre-se que não é culpa da mulher, do parceiro e nem da rotina. “Não é psicológico. Não é desinteresse. É um tecido que muda. É uma mucosa que afina. É biologia pura”, afirma Fernanda.

Atualmente, o tratamento consiste no uso de hidratantes, laser íntimo, reposição hormonal personalizada e bioestimuladores. Os hidratantes, por exemplo, podem ser usados a partir do primeiro sinal de desconforto. Muitas vezes, a própria médica identifica o início do processo durante o exame de rotina e já inicia o tratamento. Quanto mais cedo, melhor o resultado. 

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Hidratantes vaginais são aliados na prevenção e no alívio, especialmente nas fases iniciais do climatério. Eles não substituem a reposição hormonal local com estrogênio, que continua sendo o padrão-ouro no tratamento da atrofia vulvovaginal da menopausa. Mas podem ser usados em conjunto”, diz a especialista.

Como escolher a melhor opção?

Nem tudo o que hidrata é adequado para a região íntima. Prefira produtos com ácido hialurônico, vitamina E, de base aquosa e com pH fisiológico (entre 4,2 e 5,5). Dê preferência a fórmulas industrializadas, testadas e desenvolvidas especificamente para a mucosa vaginal.

“Ideal é não ter fragrâncias intensas, parabenos ou ativos irritantes. E atenção: hidratante não é lubrificante. O óleo de coco, por sua vez, pode até ser usado na pele externa da vulva, mas não deve ser inserido dentro da vagina. A mucosa vaginal exige produtos com segurança comprovada”, alerta a ginecologista.

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