Ainda há um certo tabu quando o assunto é envelhecimento, especialmente entre as mulheres. Se dados do IBGE apontam que os brasileiros vivem, em média, mais de 75 anos, isso significa que é preciso pensar em como sustentar uma vida longa e estável.
“Nós temos a tendência de enxergar o futuro como se ele estivesse mais distante do que realmente está. Queremos fazer as coisas no presente, mas esse futuro chega”, comenta o educador financeiro André Massaro. “Assim, é comum que a pessoa envelheça sem conseguir construir um pilar financeiro e não consiga ter a tranquilidade desejada.”
Entenda sua realidade financeira
Antes de começar a fazer cálculos, é importante tecer um diagnóstico pessoal: quanto você ganha, quanto gasta e o que consegue poupar. A partir daí, defina metas de curto, médio e longo prazo.
“O aumento da expectativa de vida é resultado de tecnologias que seguem evoluindo. Não sabemos até quando vamos viver, e isso exige um planejamento ainda mais intenso”, diz André. “Dessa forma, o processo de preparação financeira visa guardar dinheiro para que o patrimônio cresça e desenvolva uma renda passiva. E quanto mais cedo você começar, mais esse projeto se torna viável.”
Saúde e qualidade de vida entram no orçamento
Conforme a idade avança, é natural que os cuidados com a saúde aumentem. De acordo com o Ministério da Saúde, o perfil da população idosa é caracterizado por três tipos principais de problemas: doenças crônicas, aqueles agudos decorrentes de causas externas e agravamento de condições crônicas. Entre elas estão a hipertensão arterial, diabetes e doenças cardíacas.
Por isso, é importante incluir nessa lista os custos com planos de saúde, medicamentos e eventuais adaptações na casa. Pensar em alternativas como cuidadores ou residências assistidas também pode ser uma decisão consciente, especialmente para quem vive sozinho.
Aposentadoria: o que esperar do INSS e por que complementar?
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o principal responsável por garantir a aposentadoria dos trabalhadores formais no Brasil. No entanto, embora o sistema seja essencial, ele passa por desafios, como o envelhecimento da população, mudanças nas regras e limitações no valor pago.
Por isso, investir em uma previdência privada, por exemplo, pode ser uma forma de garantir uma renda extra. Fundos conservadores, como o Tesouro Direto, também são boas opções a longo prazo. Ainda assim, a lógica é simples: quanto antes você começar, menores os valores necessários para formar um bom colchão financeiro.
“O INSS está longe de ser suficiente para manter o padrão de vida da maioria dos brasileiros. Contar apenas com a previdência pública é arriscado. Complementar essa base com produtos que protegem o patrimônio construído ao longo dos anos é fundamental”, explica Rafael Cló, CEO da Azos Seguros.
Quando considerar um seguro de vida?
O seguro de vida é, muitas vezes, associado à proteção da família em caso de morte, mas sua função vai além disso e pode ser útil em diferentes fases da vida. Ele é importante para quem tem dependentes financeiros, como filhos, cônjuges ou pais idosos, pois garante uma rede de apoio caso algo aconteça com o provedor principal.
“Ele proporciona uma rede de segurança para imprevistos. Além da cobertura de doenças graves, há outras coberturas em vida que também devem ser consideradas, como invalidez permanente, afastamento do trabalho por acidente ou doença, cirurgias e internações”, explica Rafael. “A escolha vai depender do perfil de cada pessoa, sua rotina e responsabilidades financeiras.”

Montando uma reserva de emergência
Esse é um montante que alivia imprevistos, desde despesas médicas inesperadas até a necessidade de cobrir meses sem renda. O ideal é acumular um valor equivalente a, no mínimo, seis meses do seu custo de vida mensal – que poderá ser usado para cobrir contas de moradia, alimentação e saúde.
Para André, esse valor deve ser mantido em aplicações de alta liquidez e baixo risco, como o Tesouro Selic ou fundos de renda fixa simples, que permitem resgate rápido sem perdas significativas. Assim, em vez de recorrer a empréstimos caros ou comprometer investimentos de longo prazo, é possível lidar com problemas sem comprometer o planejamento para a aposentadoria.
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