As casas também se divertem. Em 2025, os ambientes residenciais prometem ganhar uma dose extra de alegria na decoração com o retorno dos contrastes marcantes e das combinações criativas.
Estimuladas por influências da geração Z, cores vibrantes, murais pintados à mão e revestimentos ousados tomarão conta dos interiores, resgatando a liberdade de experiência associada à infância. No entanto, na era da expressão, é importante entender que contraste não significa combinar água e óleo.
“Decoração com contraste, para mim, é a arte de criar diálogos visuais entre elementos que se opõem, mas se complementam de maneira harmoniosa. É explorar diferenças – sejam elas de cores, texturas, formas ou materiais – para despertar emoções e trazer personalidade ao ambiente”, explica a designer de interiores Ana Weege.
O arquiteto Felipe Carolo complementa: “é sobre desafiar expectativas enquanto se constrói harmonia. Não é apenas uma questão de oposição, mas de complementaridade. Ao unir texturas, materiais ou até estilos contrastantes, o espaço se torna mais vibrante, interessante e, acima de tudo, cheio de personalidade. É um exercício de curadoria cuidadosa, onde os extremos conversam para contar uma história única.”
Como trazer contraste aos ambientes

Para Ana, três pilares são fundamentais ao criar uma decoração com contraste:
1) Paleta de cores estruturada: Escolher cores que dialogam entre si é essencial. Azul-cobalto, verde-esmeralda ou rosa-queimado podem ser contrastadas por tonalidades quentes e terrosas, como terracota e marrom-queimado.
2) Harmonia entre texturas e materiais: Superfícies lisas e brilhantes casam bem com acabamentos naturais, como madeira e mármore. “A iluminação é indispensável nesse processo, pois realça volumes e intensifica os contrastes”, afirma Weege.
3) Protagonismo e equilíbrio: Usar o contraste para valorizar um ponto focal, mantendo o ambiente confortável e funcional.
Pontapé para começar uma decoração com contraste

O arquiteto Felipe Carolo explica que prefere começar pelos materiais, que são, segundo ele, a alma do contraste. Como exemplo cita a madeira natural ao lado de um metal frio ou uma parede texturizada acompanhada por móveis de linhas limpas. Depois vêm as cores, que podem ser usadas como um ponto de tensão ou suavidade, dependendo da intenção. E, claro, a luz.

“Um ambiente contrastante depende muito de como a luz realça as diferenças e cria uma conexão entre elas. Tudo isso deve ser costurado por uma narrativa coerente – cada peça precisa fazer sentido no todo”, explica Felipe Carolo.
Como evitar exageros?

Segundo o arquiteto, o contraste deve ser pensado como um diálogo, nunca um embate. Para ele, a chave está no equilíbrio e na intenção clara: “Eu sempre deixo espaços de respiro – áreas mais neutras ou momentos de pausa visual – para que o olhar possa percorrer o ambiente sem se cansar”, aconselha.
Além disso, o profissional enfatiza que é fundamental ter um ponto focal bem definido, para que o contraste não disperse a atenção, mas conduza a narrativa do ambiente.

Independentemente da abordagem escolhida, esta é uma ferramenta poderosa para imprimir identidade e emocionar. “Decoração com contraste deve ser uma experiência visual, mas também deve ser acolhedora e funcional”, define Ana.
Se 2025 promete grandes mudanças, na decoração não será diferente. Coloque sua criatividade em jogo, explore opostos e divirta-se.
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