Nos últimos anos, os cuidados com a pele viraram quase uma obsessão e o mercado de beleza passou por um boom: marcas, produtos e ativos para skincare surgindo a cada minuto – e, junto deles, (claro!) as promessas do que podem proporcionar.
Mas, no vasto mar de opções, será que estamos fazendo escolhas conscientes ou apenas usando de tudo um pouco e torcendo para dar certo? Conversamos com a dermatologista Dra. Silvia Strazzi para solucionar essa questão.
Por que investir nos cuidados com a pele?
Muito além da estética e da autoestima (que também importam e muito!), adotar uma rotina de skincare é fundamental para o bem-estar da pele. Afinal, é ela quem nos protege das agressões externas, como a radiação solar, a poluição e microrganismos responsáveis pelas mais diversas doenças.
“A pele é a nossa primeira linha de defesa e também um reflexo do que está acontecendo dentro do nosso corpo. Por isso, os cuidados diários a mantêm saudável, hidratada e ainda radiante”, explica a Dra. Silvia.
No entanto, a especialista reforça que o primeiro passo para garantir a eficácia dos tratamentos é entender o tipo e as necessidades específicas da sua pele.
“É importante consultar um dermatologista antes de iniciar uma rotina de cuidados, principalmente usando múltiplos ativos. Misturá-los sem a orientação médica pode deixar a pele mais sensível e causar várias reações adversas, como irritação e vermelhidão”.
Principais ativos dermatológicos que não devem ser misturados
Com base nas substâncias mais comuns presentes nas rotinas de skincare, pedimos para a Dra. Silvia esclarecer quais ativos não combinam e devem ser usados em etapas diferentes dos cuidados com a pele.
Vitamina C x Ácidos
A Vitamina C é um poderoso antioxidante, que combate os radicais livres e deixa a pele mais iluminada. Porém, ácidos como o salicílico e o glicólico, muito conhecidos pela ação esfoliante, podem reduzir a sua eficácia.
Vitamina C x Niacinamida
A Niacinamida reduz a oleosidade da pele, ajuda na hidratação e na redução de manchas. Embora pesquisas recentes sugiram que o efeito não é tão agressivo, os dois compostos podem acabar neutralizando a ação um do outro e até diminuir a potência antioxidante da Vitamina C. O ideal é avaliar os tipos de produtos e a aplicação caso a caso.
Retinol (Vitamina A) x Vitamina C
O retinol acelera o processo de renovação celular e estimula a produção de colágeno, melhorando a textura e firmeza da pele. Mas apresenta pouca estabilidade em combinação com a Vitamina C e maior potencial de irritação da pele.
Retinol x Ácidos AHA/BHA
Essa mistura também pode aumentar a sensibilidade e causar irritação excessiva ao invés de promover os benefícios que cada ativo proporciona.
Peróxido de Benzoíla x Retinol
O peróxido de benzoíla é muito indicado para o tratamento de acnes, mas pode oxidar o retinol, reduzindo sua efetividade e causando reações como vermelhidão e coceira.
Além de evitar algumas combinações, a dermatologista ainda ressalta que o momento do dia em que cada ativo é aplicado também faz diferença.
“Pela manhã, é preferível o uso das vitaminas antioxidantes, já que protegem contra os agentes ambientais que agridem a pele, e sempre com o uso do protetor solar, pois, além da prevenção aos danos por raios UV, ajuda a manter a eficácia dos tratamentos. Já nos cuidados noturnos, o retinol ou os ácidos são mais adequados pelos efeitos na renovação celular e na redução da sensibilidade ao sol”, finaliza.
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