Elvis Presley faleceu há 47 anos, mas sua popularidade jamais foi perdida. Muito pelo contrário: a cada nova geração, há mais fãs se apaixonando por sua música e personalidade. Unindo a isso o impacto da cinebiografia de Baz Lurhman em 2022, o Rei do Rock ganhou novo fôlego ao redor do mundo.
No Rio, o musical O Rei do Rock traz à vida não apenas o ídolo, mas também figuras essenciais que marcaram sua trajetória. Entre elas, Ann-Margret, a icônica atriz e cantora que dividiu os holofotes com o astro em filmes e palcos.
A atriz e cantora sueco-americana se tornou uma lenda por sua combinação única de talento, carisma e sensualidade, mas, em muitos documentários e filmes, tem ficado mais ‘apagada’, enquanto o maior destaque era dado à Priscilla, esposa de Elvis. No entanto, sua influência e ligação com o cantor e ator são essenciais para entender sua trajetória.
No musical, Nathalia Serra assume o desafio de interpretar Ann-Margret, trazendo sua energia inesquecível para os palcos. Neste papo exclusivo com CLAUDIA, ela revela como foi mergulhar na personalidade de Ann e na época que definiu sua parceria com Elvis.
CLAUDIA: Qual a sua música favorita do Elvis Presley? E por que?
Nathalia: “Trouble”. Me remete à atitude rock’n roll do Elvis e sua ousadia. Me faz refletir sobre como ele foi um dos primeiros sex symbols para o público feminino, despertando o imaginário das mulheres, numa época onde ainda éramos muito reprimidas sexualmente.
CLAUDIA: Ann Margret é um ícone e uma das lendas de Hollywood. O quanto você sabia dela antes do musical e o que a surpreendeu mais ao vivê-la?
Nathalia: Acho que a primeira surpresa foi buscar saber sobre ela nos dias de hoje, e descobrir que ela segue sendo super ativa artisticamente. Sabia muito pouco sobre ela, a reconhecia do filme Dama por um dia, mas depois fui identificando suas participações em séries como Law and Order, e obviamente maratonei todos os filmes, em especial Amor a toda velocidade, que assisti muitas vezes. Me apaixonei perdidamente por sua autenticidade, uma sensualidade pouco óbvia em cena. Assisti também a todos os documentários sobre sua vida e a relação com Elvis. Mas acho que o que mais me intrigou foi saber que ela se casou exatamente uma semana após o casamento do Elvis com Priscilla, e que o astro a enviava violões de flores em todas as datas comemorativas, como aniversários e estreias.
CLAUDIA- Nas biografias autorizadas pela família de Elvis, em documentários e filmes, o relacionamento dos dois tem sido “apagado” ou reduzido. Como era a dinâmica e o quão profunda foi a ligação dos dois?
Nathalia: Quando Elvis conheceu Ann Margret, ele mantinha Priscilla morando em Graceland, sendo preparada para se tornar sua esposa. A vestia, educava e a preservava virgem para que fosse o estereótipo da esposa perfeita aos olhos da sociedade da época. Enquanto isso, ele se envolvia com Ann Margret, que também veio a se tornar muito amiga dos amigos dele, e que torciam pela relação dos dois, já que Ann ajudava Elvis a se manter focado na carreira, vivendo o mesmo universo que ele. O laço que criaram foi inegável e o que se sabe é que se mantiveram muito próximos até a morte dele.
CLAUDIA: Como você se preparou para o papel?
Nathalia: Entrei num hiper foco e só consumia Ann Margret por um bom tempo, porque ela é uma artista muito completa e com muito material para ser explorado! Além dos diversos documentários sobre a vida dela com o Elvis, assisti à maioria dos filmes que ela fez, e toda discografia disponível. Fiz uma pasta com as imagens dela que mais me tocavam, e me aprofundei muito na história da vida e da carreira dela, que é interessantíssima, cheia de camadas! Mas o que realmente me preocupei em ser o mais fiel possível foi a personalidade, muito ousada e a frente de seu tempo.
CLAUDIA: Eu diria que Ann Margret “foi reduzida” ao estigma de “sexy symbol”, mas na época isso tinha algum valor. Como ela quebrou o estereótipo?
Nathalia: Ela não quebrou o estereótipo sexy, pelo contrário. Ela soube usar a sensualidade muito bem e a favor dela. Na época, não havia muitas opções de rótulos para lançar uma mulher no showbiz, e esse foi o rótulo que abriu as portas pra ela. Mas Ann sempre foi muito mais do que isso, não à toa, segue na ativa até hoje e é super reconhecida por isso.
CLAUDIA: Cantar e dançar, ainda mais, cantar e dançar na pele de Ann Margret: foi difícil? Qual a rotina de preparo para as apresentações?
Nathalia: Eu me diverti muito tentando encontrar a Ann Margret em mim, eu estava repleta de referências, e graças à nossa direção deslumbrante, tudo fluiu de forma super leve. Atores de musicais são atletas de alta performance e precisamos manter a técnica o ano inteiro por meio de aulas e treinamentos para conseguir executar um trabalho como esse.
CLAUDIA: E para 2025? Quais são seus planos?
Nathalia: Sempre que um ator está num projeto bacana, sem algo engatilhado na sequência, essa costuma ser uma pergunta que gera bastante ansiedade. Tudo que espero tanto pra mim, quanto para a classe artística operária como eu em 2025, é que possamos ter mais estabilidade e constância nos trabalhos e que sejamos devidamente valorizados e remunerados por isso.
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