3 exposições imperdíveis no MASP em dezembro

Neste ano, o MASP anunciou uma programação focada em artistas LGBTQIA+. Ao longo do período, o público acompanhou as exposições sobre o coletivo Gran Fury, uma mostra focada no artista Francis Bacon e uma brilhante montagem feita com imagens da fotógrafa Catherine Opie. Em dezembro, o museu faz um grande encerramento com duas novas mostras: Histórias LGBTQIA+ e Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades, além de uma nova abertura na sala de vídeo com a obra da contemporânea Manauara Clandestina.

Histórias LGBTQIA+

Mayara Ferrão (Salvador, Bahia, Brasil, 1993) – O beijo 20, da série Álbum dos desesquecimentos, 2024Mayara Ferrão/Divulgação

Com cerca de 200 obras de acervos públicos e privados do Brasil e do exterior, a mostra será organizada em oito núcleos: Amor e desejo; Ícones e musas; Espaços e territórios; Ecossexualidades e fantasias transcendentais; Sagrado e profano; Abstrações; Arquivos; e Biblioteca Cuir. 

Justapondo o passado e a contemporaneidade, serão apresentados trabalhos de diversos períodos e correntes artísticas, evidenciando visões das histórias LGBTQIA+ que atravessam o tempo e o espaço, e ainda apontam estratégias de resistência.

A artista baiana Mayara Ferrão, por exemplo, usa Inteligência Artificial para criar imagens que simulam fotos antigas, inventando, assim, uma iconografia de histórias de lésbicas negras, a fim de revelar narrativas que foram apagadas e imaginar novos futuros.

Já a artista Yuki Kihara, de ascendência japonesa e samoana, fotografa pessoas da comunidade trans a partir dos esquemas compositivos do francês Paul Gauguin, em uma crítica às famosas pinturas em que ele representou as mulheres da Polinésia.

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Quando: de 13 de dezembro a 13 de abril de 2025

Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades

Serigrafistas Queer, Hay autoras en tu programa_ voces feministas en la universidad.
Serigrafistas Queer, Hay autoras en tu programa – voces feministas en la universidadDivulgação/Divulgação

O coletivo Serigrafistas Queer surgiu durante uma oficina de serigrafia que tinha o objetivo de ensinar ativistas a estampar camisetas para a manifestação do Orgulho LGBTQIA+, em Buenos Aires.

Composto por artistas, ativistas e participantes espontâneos, o coletivo combina técnicas de artes gráficas com slogans e frases de protesto que são impressos em faixas, camisetas e peças de tecido.

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Essa será sua primeira exposição monográfica e conta com 56 serigrafias do acervo do MASP, além de trabalhos inéditos, realizados especialmente para a exposição – esse número, porém, aumentará com as oficinas gratuitas abertas ao público, que serão ministradas no próprio ambiente expositivo a partir de janeiro.

A exposição está organizada em sete núcleos temáticos nomeados por trabalhos do grupo. A obra Liberdade para as sensibilidades – criada pela artista argentina Mariela Cantú, em 2018, durante uma oficina promovida pelo grupo no vão livre a convite do MASP – dá nome à mostra. 

Quando: de 13 de dezembro a 6 de abril de 2025

Sala de vídeo: Manauara Clandestina

Manauara Clandestina, Building (frame do vídeo), 2021-2024. Cortesia da artista
Manauara Clandestina, Building (frame do vídeo), 2021-2024Reprodução/Divulgação
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Manauara Clandestina é artista visual e estudante de cinema. Filha de pastores, foi criada em missões no interior do Amazonas. Seu contato inicial com a arte se deu com o teatro e a música na igreja, já sua produção surge como uma interpretação da vida noturna na cidade. Seu trabalho com a performance aborda novas perspectivas sobre a existência travesti, questionando as condições que a permeiam a partir de processos de transição de fronteiras e de mergulhos sensíveis que constroem registros íntimos de uma artista nortista.

Sua prática edifica construções imaginárias dentro da moda, evocando diálogos que dão luz às subjetividades das corporeidades dissidentes brasileiras. 

 Na Sala de Vídeo, ela apresenta cinco vídeos, entre os quais dois foram recentemente exibidos na 60ª Bienal de Veneza, que transitam por temas como a identidade travesti, relações de intimidade, moda e fluxos migratórios.

Quando: de 13 de dezembro a 9 de fevereiro de 2025

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