Já imaginou viver em um mundo onde os homens fossem submetidos às mesmas perguntas, julgamentos e pressões que as mulheres enfrentam diariamente? Um mundo onde suas escolhas fossem constantemente questionadas e qualquer gesto fosse visto como uma tentativa de “chamar atenção”? Bem-vindos ao machismo reverso!
Este é um exercício irônico e provocativo para expor, com humor ácido, a absurda naturalização de comportamentos que, de tão comuns, mal percebemos. Aqui, viramos o jogo. E, na troca de papéis, o desconforto serve como um espelho cruel para refletirmos sobre o peso das expectativas e estereótipos impostos às mulheres.
Afinal, a ideia não é silenciar ninguém, mas escancarar o quão ridículas podem ser algumas dessas atitudes quando o alvo muda. Prepare-se: as perguntas são ácidas, as respostas, debochadas, e o impacto, inevitável.
- Quando vejo um homem usando uma camisa de time, pergunto imediatamente a escalação de 1900 e quem foi o árbitro na final do campeonato de 1943. Se ele não souber, digo: “Só está usando pra se exibir, né?”
- Se ele está com uma camisa de banda, já lanço cinco perguntas sobre os álbuns mais obscuros, a formação original e o histórico das turnês. Caso ele não saiba, suspiro e digo: “Eu sabia, só quer atenção.”
- Quando um homem aparece bebendo na mesa de bar, pergunto bem alto: “Mas com quem estão os seus filhos? Deixou eles sozinhos para isso?”
- Se ele começa a levantar a voz durante uma discussão, interrompo e digo com calma: “Olha, querido, vamos conversar quando você estiver menos emocional, tá bom?”
- Quando um homem está parado no meu caminho, simplesmente digo: “Com licença, lindinho”, enquanto encosto suavemente na cintura dele, porque, claro, ele deve estar precisando de ajuda para se movimentar.
- Se ele me envia uma mensagem enorme sobre os sentimentos dele, respondo: “Nossa, e o que você quer que eu faça com isso agora?”
- Se ele está falando sobre trabalho ou qualquer conquista, olho fixamente e comento: “E você faz tudo isso enquanto consegue cuidar da casa e das crianças? Nossa, parabéns mesmo, viu?”
- Quando vejo um homem no mercado comprando qualquer coisa, pergunto: “Mas você sabe usar isso? Porque parece que está perdido por aqui.”
- Se ele tentar explicar algo, interrompo e pergunto: “Você acha mesmo que sabe mais do que eu sobre isso? Fala sério…”
- Quando ele fala que está cansado, eu solto: “Ah, mas você já descansou no fim de semana inteiro. Por que está reclamando agora?”
- Se um homem está mostrando as fotos das viagens dele, pergunto: “Mas quem tirou essas fotos? Você parece meio posado.”
- E quando ele tenta contar uma história engraçada, cruzo os braços e digo: “Será que essa é a melhor versão? Parece meio forçado…”
- Quando um homem vem falar sobre os problemas dele, coloco a mão no ombro e digo: “Calma, querido, você deve estar naqueles dias.”
- Quando um homem está impedindo meu caminho, digo com um sorriso: “Com licença, meu amorzinho, cuidado pra não se perder, viu?”
- Ao ver um homem tentando impressionar em uma roda, pergunto: “Você é tão inteligente assim ou só está fingindo porque quer aprovação?”
- Quando ele diz que não tem tempo para se cuidar, olho com um sorriso irônico e falo: “Mas não custa nada passar um creminho, né? Tão jovem e já com essas marcas…”
- Se um homem está nervoso, suspiro e digo: “Isso é carência de carinho? Não se preocupe, vou te dar um chamego pra você melhorar.”
Esse texto foi inspirado em uma trend do threads onde diversas mulheres se uniram e começaram a postar sobre situações cotidianas e nada agradáveis, brincando com machismo reverso.
Parece exagerado? Bem, talvez seja — mas também não é. Esse texto brinca com as microagressões e os padrões questionáveis que as mulheres enfrentam todos os dias, invertendo o cenário para evidenciar o absurdo.
A diferença? Quando os papéis se invertem, de repente parece incômodo, não é? Pois bem, da próxima vez que um “lindinho” reclamar de desconforto, lembre-se: não é sobre machismo reverso, é sobre expor as regras de um jogo que já deveria ter sido cancelado. E, sinceramente, a gente só queria assistir o show sem precisar provar que sabe a letra da música.
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