É mais difícil construir massa muscular quando envelhecemos?

Com o passar dos anos, nosso corpo passa por transformações que impactam diretamente nossa disposição e saúde. Nesse sentido, a manutenção da massa muscular é essencial – já que é ela que traz a força necessária para a realização das tarefas diárias.

“Precisamos dela para envelhecer com a capacidade de tomar um banho, vestir uma roupa e até ir ao banheiro sem a necessidade de ajuda”, explica Uiara Ribeiro, médica geriatra e professora da PUC-PR.

“Além disso, hoje sabemos que o músculo produz hormônios com diversas funções genéticas, como a irisina, que atua de forma neuroprotetora. O músculo também trabalha para o fortalecimento ósseo e é uma das grandes reservas energéticas” Ou seja, em uma internação, é ele o responsável pela recuperação.

O que acontece com o corpo ao envelhecer?

O processo de perda da massa muscular, conhecido como sarcopenia, começa de forma lenta, mas pode se intensificar a partir dos 40 ou 50 anos.

Segundo a especialista, a queda na produção de hormônios e o aumento do cortisol – que responde ao estresse e afeta o metabolismo –, somados à perda gradual de fibras musculares, faz com que o processo de ganho seja mais lento e o de perda seja mais rápido em comparação à juventude.

“Ao envelhecer, temos uma disfunção das células responsáveis pela regeneração muscular. Com isso, quando há o estímulo do músculo, a resposta de reparação é mais lenta”, comenta. “Mas, apesar disso ser fisiológico, isso acontece em graus diferentes a depender de como esse envelhecimento ocorre – uma pessoa que mantém bons hábitos vive esse processo de forma atenuada.”

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Mas isso não deve ser motivo de desânimo. Cada vez mais pesquisas apontam que investir em exercícios resistidos de força, manter uma dieta rica em proteínas e priorizar a qualidade do sono são fatores essenciais para garantir bons resultados. “O estímulo deve ser intenso e individualizado”, ressalta Uiara.

O papel da atividade física e da alimentação

A recomendação é investir em treinos regulares de musculação ou exercícios funcionais, respeitando os limites individuais, mas com a intensidade necessária para desafiar o corpo. “Quando fazemos exercício, estimulamos a síntese proteica e melhoramos o funcionamento mitocondrial e, com isso, revertemos os mecanismos envolvidos na sarcopenia”, diz a médica. 

Na alimentação, proteínas magras, leguminosas e, em alguns casos, suplementos podem fazer toda a diferença. Além disso, atenção para a vitamina D e cálcio, essenciais para a saúde óssea. “Atenção para o consumo de ultraprocessados, que ricos em açúcares e gorduras e pobres para saúde do músculo”, finaliza Uiara.

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