Donas do cacau: 5 mulheres por trás de marcas ‘bean to bar’ para conhecer

À frente das principais marcas de chocolate bean to bar no Brasil – feitos a partir do controle de todas as etapas da produção, do grão à barra –, essas mulheres encontram no cacau uma forma de fazer um mundo melhor.

Mission Chocolate

Arcelia Gallardo, da Mission ChocolateCamila Mendonça/Divulgação

Nascida em Los Angeles e filha de imigrantes mexicanos, Arcelia Gallardo fundou a Mission Chocolate em 2014, em São Paulo, motivada por produzir chocolates com o mínimo de ingredientes.

 Sua equipe visita pessoalmente agricultores para garantir que o cacau seja cultivado usando práticas sustentáveis ​​dentro de um sistema agroflorestal.

“Nossa missão é criar sabores que não existem, honrando a cultura e os ingredientes do Brasil”, conta Arcelia, que frequentemente viaja pela América Latina para colaborar com produtores de cacau, fabricantes e chocolatiers, além de ensinar mulheres indígenas a fazer chocolate. Com produtos que não possuem aditivos, soja ou glúten
, além de um cacau 100% rastreável, a Mission Chocolate já conquistou 74 premiações pelo mundo.

Baianí

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Juliana Aquino comanda a marca Baianí ao lado do marido, TutaBaianí/Divulgação

A história da Baianí começou com a recuperação de uma fazenda de cacau, no Vale Potumuju, na Bahia, afetada pela crise da vassoura-de-bruxa. Em 2013, o casal Tuta e Juliana Aquino retomou a administração da propriedade e investiu em infraestrutura para produzir cacau especial para o modelo bean to bar – algo ainda pouco falado à época.

“O bean to bar é um negócio que não traz lucros faraônicos, como acontece na indústria. Então, sabemos que os valores que passamos para o nosso consumidor são muito mais de princípios do que financeiros, apesar do custo alto”, explica Juliana.

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A Baianí nasceu oficialmente em 2018 e, hoje, tem como principal missão transmitir a verdade em cada etapa da produção, desde a rastreabilidade do cacau até o tratamento dos colaboradores.

Gallette Chocolates

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Gislaine Gallette, da Gallette ChocolatesGallette Chocolates/Divulgação

O amor pelo chocolate levou Gislaine Gallette, em 2011, a deixar sua carreira de engenheira eletricista para fundar a Gallette Chocolates. A empresa paulistana, que nasceu da crença em um negócio sustentável, adotou o modelo bean to bar em 2016, utilizando cacau brasileiro e impulsionando um impacto positivo na cadeia produtiva.

Com 27 prêmios conquistados ao longo de sua existência, o portfólio da marca tem criações como a barra Bean to Bar 65% Cacau Catongo, resultado de uma mutação genética espontânea, que traz notas de amêndoas e nozes, provindo do cacau cultivado na Bahia e exclusivo dessa região.

“Nossa missão é fazer do chocolate uma experiência extremamente prazerosa para o paladar, correta para as pessoas e responsável com o planeta”, define a empresária.

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Mestiço Chocolates

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Claudia Gamba, da Mestiço ChocolatesMestiço Chocolates/Divulgação

Claudia Gamba nunca vai se esquecer da primeira vez em que viu uma plantação de cacau. “A beleza, delicadeza, as cores… era tudo simplesmente lindo”, recorda. Junto com o marido, Rogério Kamei, ela criou a Mestiço, em 2015, pela vontade de fazer mais pela cultura desse fruto e pelo povo de Itacaré, na Bahia.

“Tendo uma família baiana, pude acompanhar o sofrimento que a região passou com a vassoura-de-bruxa. Isso me aproximou ainda mais dessa paixão”, diz a empresária sobre a doença que dá em cacaueiros. A Mestiço cuida de cada etapa: da seleção das amêndoas, torra, até a moldagem.

Entre as opções está um chocolate feito em parceria com a Companhia dos Fermentados, que utiliza o cacau para saborizar o preparo de um hidromel – a barra é feita a partir das amêndoas de cacau do processo.

Luisa Abram

As mulheres donas de marcas de chocolate bean to bar no Brasil
Luisa Abram é criadora da marca que leve seu nomeLuisa Abram/Divulgação
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Conhecida por suas embalagens estampadas, a marca Luisa Abram fabrica chocolates bean to bar feitos a partir do cacau extraído de árvores centenárias da floresta Amazônica.

“Preservamos o sabor do cacau selvagem ao adicionarmos poucos ingredientes que, de outra forma, poderiam camuflar seu verdadeiro gosto”, explica a empresária sobre sua produção tree to bar (da árvore à barra), que evidencia o perfil de sabores do local e da safra.

Nas barras estão adições de ingredientes nacionais, como o açaí, e há também opções com menos intervenção, como o sabor ao leite 42% cacau, com notas de caramelo. A marca, nascida em São Paulo, trabalha em parceria com comunidades locais para a coleta do fruto.

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